[2 Coríntios 4.8-12]
Imagine um presente cuja embalagem valha mais que o conteúdo. Não seria estranho? É exatamente disso que 2Coríntios 4 trata! Os vasos de barro eram lâmpadas que podiam ser compradas por apenas duas moedas de cobre no mercado. Serviam para iluminar as casas; seu conteúdo era fogo ateado em óleo. Frágeis, quebravam-se e eram substituídos facilmente. Não tinham muito valor, mas desempenhavam uma função importante: iluminar o ambiente. Hum, isso explica muita coisa. O valor do vaso estava no fogo do seu interior (4.7)! Por isso, o “sofrimento” do vaso e mesmo a sua perda total (a morte) eram secundários para o apóstolo, porque, destruída a “embalagem”, haveria mais luz! Para ele, o que realmente importava era Cristo ser pregado com fidelidade, não importando o dano pessoal! O valor estava na luz, no brilho da glória de Deus (4.6). Por isso, apanhar e sofrer perseguição e abandono, apesar de causar perplexidade (e muita dor), não eram motivos suficientes para fazer Paulo desistir (4.8, 9). Ele sabia ser vaso de barro: quanto maior a rachadura de pancada, mais apareceria o brilho de Jesus pelas frestas.
Esse morrer nada mais é do que a prática do “carregar a cruz” (Mt 16.24). É isso que a “morte” significa aqui: como Jesus, Paulo deu a vida por irmãos ingratos (4.10, 11): os coríntios eram a causa do sofrimento sacrificial de Paulo (4.12). E você, vaso de barro do século XXI, como reage quando alguém o ofende ou magoa na igreja? Morde ou morre?