[Marcos 15.22-39]
Dentre todos os presentes na morte de Jesus, o único com autoridade para fazer alguma coisa era o centurião responsável pela crucificação. Ainda assim, ele foi o único omisso durante a execução. Os soldados se divertiram à custa de Jesus (v. 24), os viajantes blasfemaram (v. 29), os principais sacerdotes escarneceram (v. 31) e os ladrões insultaram (v. 32). Dentre todos os presentes, o centurião era o único que não tinha que provar nada ao diminuir Jesus. Suas palavras eram lei, e aquela não passava de mais uma crucificação (v. 27). Seu silêncio apenas confirmava sua autoridade, que nunca foi posta em dúvida. Sua presença diante do humilhado Jesus era suficiente para ressaltar sua honra e poder. Ainda assim, tamanha autoridade não o impediu de reconhecer a glória do Filho de Deus em Seu sacrifício (v. 39). A autoridade inquestionável do centurião foi descartada por ele mesmo ao admitir que Jesus verdadeiramente é o Filho de Deus. Ou seja, ele condenou um inocente, assassinou o Senhor. O centurião falhou! A fé que ele demonstrou em sua confissão significou a rejeição de sua própria autoridade para se submeter ao Salvador.
O que o impede de se submeter ao Senhor? Não há honra maior do que se humilhar perante o rei do universo. Não há poder maior do que o perdão do Altíssimo para com aqueles que se arrependem. “Ao Rei eterno, o Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém” (1Tm 1.17).