DIÁRIO DE HORA SILENCIOSA

Semana 28 – Quarta-feira

[Ezequiel 28.1-10]

Orgulho, orgulho e mais orgulho! Essa era a imagem do rei de Tiro. Muitos reis na antiguidade declaravam serem deuses e agiam como se realmente o fossem. Quando pensava assim, aquele rei demonstrava a mesma atitude orgulhosa que teve a serpente, no Éden, quando prometeu aos primeiros humanos que eles poderiam ser iguais a Deus (Gn 3.5). A menção a Daniel indica que ele havia se tornado bem conhecido (v. 3). Segundo os versos 6 a 10, o que aconteceria com o rei de Tiro? Leia Provérbios 11.2 e 4 e compare-os à situação do rei. Diante do juízo mortal de Deus, usando invasores babilônicos e, posteriormente, gregos, o rei seria humilhado, e suas ilusões de grandeza seriam substituídas pela dolorosa realidade de sua mortalidade.

Winston Churchill disse: “o orgulhoso prefere perder-se a perguntar qual é o caminho”. Infelizmente, todos nós somos manchados pelo pecado do orgulho, mesmo em ações aparentemente boas. Isso é sério! Avalie sua vida e, ao perceber atitudes orgulhosas, peça a Deus para o moldar à imagem de Cristo, que foi humilde de coração. E cuidado: um grande indicador de uma pessoa orgulhosa é não se reconhecer assim.

Semana 28 – Terça-feira

[Ezequiel 26.1-6]

O juízo divino, desta vez, é declarado contra a cidade de Tiro. A descrição detalhada desse juízo ocupa três capítulos do livro de Ezequiel (26-28). Tiro era uma antiga cidade da Fenícia, edificada numa ilha (Js 19.29). Ela é chamada de “portal das nações” por estar localizada num lugar estratégico, por sua importância política e pela centralidade que tinha no comércio internacional da época. Os tírios venderam judeus como escravos e, arrogantes, provocaram a ira do Senhor. O rei da Babilônia seria o instrumento nas mãos de Deus para “afundar” o poderoso navio da cidade de Tiro (vv. 7-14). Dada tamanha importância dessa cidade, as nações circunvizinhas seriam afetadas e lamentariam (vv. 15-21). O capítulo 27 é uma lamentação que descreve a cidade de Tiro como um grande navio comercial que foi destruído em alto-mar.

Riquezas, poder, fama, influência… nada disso é suficiente para eximir alguém da necessidade de prestar contas a Deus e ser julgado por Ele. Infelizmente, alguns apoiam sua confiança nessas coisas. Hoje, seja um instrumento nas mãos do Senhor para levar a Palavra de Deus para alguém assim.

Semana 28 – Segunda-feira

[Ezequiel 25.8-17]

Uma das promessas de Deus a Abraão foi: “Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem” (Gn 12.3). Essa promessa é lembrada por Ezequiel, quando anuncia a destruição das nações que se alegraram com a queda de Judá. Quais são as nações citadas no trecho de hoje? Quais atitudes delas foram reprovadas pelo Senhor? Como era de se esperar, os juízos contra essas nações se cumpriram. Tanto os amonitas quanto os moabitas e os edomitas foram absorvidos pelos povos árabes e deixaram de existir como nações individuais. No caso dos filisteus, povo que persistia em ser inimigo do povo de Deus desde o tempo dos juízes, eles foram invadidos por Nabucodonosor e seu exército babilônico, tempos depois.

Orgulho, desprezo, vingança e inimizade contra Deus e Seu povo são pecados condenados pelo Senhor até hoje. Você vê esse tipo de atitude em pessoas à sua volta? Ore por elas, para que reconheçam a grandeza e o zelo do soberano Deus, assim como Sua graça e misericórdia que salva o pecador rebelde.

Semana 27 – Domingo

[Ezequiel 1.1-28]

O livro de Ezequiel começa com uma visão da “glória do Senhor”, que é parte inicial do chamado do profeta para seu ministério de proclamar a palavra de Deus aos israelitas sob o domínio dos babilônios (Ez 1.2, 3). Como acontecera no Sinai, (Êx 19.16, 18), Deus manifesta Sua presença de modo glorioso (v. 4). Seres completamente diferentes e terríveis, identificados mais adiante como “querubins” (Ez 10.9-14, 20-22), aparecem na visão (vv. 5-11). Eles se moviam sobre rodas numa espécie de carruagem real (vv. 12-14), e sobre a cabeça deles estava “uma figura que parecia um homem” (v. 26). A “pedra de safira” na “forma de trono” (tradução do autor) em que o ser se assentava nos remete a Êxodo 24.10, quando os líderes de Israel viram Deus com os pés apoiados sobre um pavimento de “pedra de safira” (tradução do autor). Os salmistas também nos lembram de que o Senhor Se assenta “sobre os querubins” (Sl 80.1; 99.1).

O Deus a quem Ezequiel serviria é rei grandioso e está acima de todas as coisas. O profeta precisava ter uma visão clara do Senhor para representá-lO de modo adequado. Será que você tem lido as Escrituras para desenvolver uma visão clara de quem é o Senhor a quem serve? Quando somos negligentes na busca por fazer a vontade de Deus ou realizamos nosso serviço a Ele e a Seu povo com descaso e indiferença, precisamos relembrar quem é o Deus revelado na Bíblia: um Senhor temível, digno de nosso total compromisso e de zelo na realização da missão que nos confiou.

Semana 27 – Sábado

[Ezequiel 24.15-27]

O livro de Ezequiel está repleto de informações cronológicas e pessoais relacionadas às profecias e ao profeta. Sabemos que Ezequiel era sacerdote e tinha trinta anos de idade quando começou seu ministério (Ez 1.1-3; 4.14). No capítulo 24, há uma informação importante: ele era casado e perdeu sua esposa durante seu ministério (v. 18). Como outros atos simbólicos, a forma que o profeta reagiu à morte da esposa sem uma expressão externa de luto e lamento (vv. 16, 17) antecipou a reação do povo quando soubesse da destruição do templo de Jerusalém (vv. 21-24). Parte do chamado de Ezequiel envolvia encarnar a própria mensagem que proclamava. Deus antecipou que um fugitivo de Jerusalém viria dar a notícia a Ezequiel (vv. 25, 26), o que se cumpriu mais adiante no livro (33.21, 22). O que se destaca na passagem é a disposição de Deus de sofrer uma vergonha temporária a permitir que Sua santidade continuasse a ser profanada no templo (Ez 8).

Não devemos brincar com a santidade de Deus, pensando que a graça do Senhor serve de licença para uma vida libertina e ímpia. Deus é o vingador dos que se entregam ao pecado e lhe dão as costas (1Ts 4.6). Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santificação (1Ts 4.7). Que pecados Deus o chama a abandonar neste dia? De que forma você tem profanado o templo do Espírito Santo (1Co 6.19, 20), isto é, seu corpo, assim como o povo de Israel fez com o templo de Jerusalém na época de Ezequiel (Ez 8)?

Semana 27 – Sexta-feira

[Ezequiel 16.1-16]

Você já teve a experiência de fazer o bem a alguém e, de repente, essa pessoa se virar contra você e passar a falar mal? A ingratidão nos choca, pois não é o modo adequado de responder a um benefício recebido. Em Ezequiel 16, o SENHOR condena os moradores de Jerusalém por sua ingratidão a Deus. A escolha e a redenção de Israel por Deus são retratadas com a imagem de um homem que cuida de uma bebê abandonada na rua e dá tudo de que ela precisa (vv. 1-7). A forma amorosa e provedora do cuidado de Deus para com Judá é vista na descrição dos adornos de que ela é vestida ao crescer, basicamente como uma rainha (v. 12: “linda coroa em sua cabeça”). Entretanto, essa menina se torna uma linda moça e se prostitui, adorando outros deuses e traindo a aliança com o SENHOR (V. 8-16). Chama a atenção o fato de a autossuficiência de Jerusalém ser descrita como a causa de sua espiral descendente: “você confiou em sua beleza e usou sua fama para se tornar prostituta” (v. 15). O povo de Judá caiu em idolatria por confiar demais em si mesmo, ao esquecer-se “do SENHOR, o seu Deus” que o tirou do Egito e ao dizer em seu coração: “A minha capacidade e a força das minhas mãos ajuntaram para mim toda esta riqueza” (Dt 8.11-18, esp. v. 17).

A amnésia é a mãe da ingratidão e da autossuficiência. Ambas são a causa da idolatria (Rm 1.21-23). Você tem cultivado um coração grato e dependente do Senhor? Lembre-se de cinco motivos de gratidão a Ele em seu momento de oração.

Semana 27 – Quinta-feira

[Ezequiel 10.1, 2, 20-22][Ezequiel 11.16-24]

Depois de revelar a Ezequiel as práticas idólatras que ocorriam dentro do templo de Jerusalém (Ez 8.1-18), a glória do Senhor, que Se assenta sobre os querubins (10.1, 2, 20-22), parte para o exílio com o povo. Somos informados de que a carruagem gloriosa de Deus sai da porta oriental do templo (10.18, 19) e vai para o leste (11.22-24), na mesma direção da Babilônia, onde vivia grande parte dos cativos de Judá. Entretanto, há uma mensagem de esperança para a nação. O mesmo Deus que espalhou Israel entre as nações (11.16) os traria de volta para a Terra Prometida e operaria neles uma mudança de coração, ao colocar Seu Espírito nos israelitas e levá-los a viver conforme Seus decretos (11.17-20). Essa passagem lembra que Deus fez promessas a Israel que aguardam cumprimento e que estão fundamentadas em promessas anteriores, como aquelas feitas a Abraão (Gn 12; 15; 17; 22) e reiteradas aos demais patriarcas.

O derramamento do Espírito Santo sobre aqueles que creem em Cristo é uma antecipação (At 2.15-33; Ef 1.13, 14) da completa ação redentora de Deus no futuro. Por isso, Deus nos concede hoje a capacidade de Lhe obedecer (Rm 8.13; Gl 5.24, 25) e dar o fruto do Espírito: “amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gl 5.22, 23). Quais dessas características estão ausentes em sua vida? Pense em como desenvolvê-las usando a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus (Ef 6.17).