[Marcos 7.20-23]
Certa canção do músico João Alexandre diz: “Coração, entre o bem e o mal, que distância haverá? Coração, um amigo, um bandido talvez, quem te conhecerá?” Esse refrão resume bem o texto de hoje, com sua descrição um tanto quanto pesada do coração humano. (Na verdade, trata-se uma boa descrição de cada um de nós.) Jesus já havia sinalizado aos fariseus e mestres da lei que a hipocrisia tinha se tornado parte da vida deles (Mc 7.5-8). Eles, porém, insistiam em observar tradições aprendidas oralmente com rabinos da época. A compreensão era que todo judeu deveria se purificar, lavando as mãos e utensílios antes das refeições. Embora saudável, essa prática não era um mandamento de Deus, e sim uma distorção de algo direcionado aos sacerdotes antes de entrarem na tenda da congregação (Êx 40.12).
Em meio a esse conflito moral, Jesus e seus discípulos lutam pelo direito de viver a essência da fé diante de Deus. Todo o diálogo deixa bem claro que não há nada externo que possa contaminar o homem (Mc 7.15). Assim, resta-nos avaliar nossa prática. Será que temos seguido tradições que não fazem parte do que Deus deseja de nós? Temos atrapalhado pessoas com tradições humanas? Como anda nosso coração? Provérbios 4.23 diz: “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida”. Que tal começarmos a semana fazendo uma lista de impurezas do nosso coração e descobrindo versículos que nos ajudem a crescer nessas áreas?