[Ezequiel 24.15-27]
O livro de Ezequiel está repleto de informações cronológicas e pessoais relacionadas às profecias e ao profeta. Sabemos que Ezequiel era sacerdote e tinha trinta anos de idade quando começou seu ministério (Ez 1.1-3; 4.14). No capítulo 24, há uma informação importante: ele era casado e perdeu sua esposa durante seu ministério (v. 18). Como outros atos simbólicos, a forma que o profeta reagiu à morte da esposa sem uma expressão externa de luto e lamento (vv. 16, 17) antecipou a reação do povo quando soubesse da destruição do templo de Jerusalém (vv. 21-24). Parte do chamado de Ezequiel envolvia encarnar a própria mensagem que proclamava. Deus antecipou que um fugitivo de Jerusalém viria dar a notícia a Ezequiel (vv. 25, 26), o que se cumpriu mais adiante no livro (33.21, 22). O que se destaca na passagem é a disposição de Deus de sofrer uma vergonha temporária a permitir que Sua santidade continuasse a ser profanada no templo (Ez 8).
Não devemos brincar com a santidade de Deus, pensando que a graça do Senhor serve de licença para uma vida libertina e ímpia. Deus é o vingador dos que se entregam ao pecado e lhe dão as costas (1Ts 4.6). Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santificação (1Ts 4.7). Que pecados Deus o chama a abandonar neste dia? De que forma você tem profanado o templo do Espírito Santo (1Co 6.19, 20), isto é, seu corpo, assim como o povo de Israel fez com o templo de Jerusalém na época de Ezequiel (Ez 8)?