[Gênesis 4.9-13]
Independente de contexto cultural, há dentro de todo homem um anseio por justiça e retribuição, até que ele mesmo se torne alvo delas. De novo Deus aborda Caim, chamando-o a refletir e admitir aquilo que Ele já sabia. De novo Caim responde com desdém e uma pífia tentativa de dissimulação. (Fala sério! A quem ele estava tentando enganar?… E você não faz o mesmo, esquivando-se de perguntas que o forçam a admitir seus pecados? Fala sério. A quem você está tentando enganar?) O veredito e a pena são duros – a intensificação da maldição de Gênesis 3.17 e o exílio das proximidades do jardim do Éden. Caim foi condenado a ser um vagabundo (i.e., que vagabundeia ou tem vida errante; nômade). Aí vem tendência de recorrer a outra instância ou fazer o que seja para escapar da sentença. Que pena… não havia outra instância. É nessas horas que vemos como somos parecidos com Caim. “Ai! Você está me comparando com um assassino?!” Claro que sim. Caim só levou a cabo o que a maioria de nós só faz em pensamento ou palavras. E nós agimos do mesmo jeito na hora de enfrentar as consequências do nosso pecado.
Dizemos que queremos justiça, mas não reconhecemos que a justiça é universal, não é só aplicável àqueles que são “piores do que nós”. Então, quando você se vir ansiando por justiça contra os corruptos e assassinos, aproveite para examinar sua própria conduta, confessar seus pecados a Deus (e a quem você prejudicou, se for o caso) e agradecer que a justiça dEle para você recaiu em Jesus.