[Gênesis 4.12-17]
Nos detalhes deste texto, vemos uma característica que pervade todas as culturas humanas: a autoglorificação em desafio ao juízo de Deus. Caim saiu para cumprir sua pena com uma garantia de Deus: ele viveria para cumpri-la plenamente. Condenado a ser vagabundo, foi viver na terra da vagabundagem, da falta de rumo. (Procure o significado dos vocábulos originais para errante e Node e verá que são semelhantes, um trocadilho.) Porém, de novo Caim desafia a Deus. Tendo arranjado para si uma esposa (uma irmã ou sobrinha – as únicas opções que tinha), Caim se estabelece e funda uma cidade. “Errante uma ova!” Não só isso, apresenta tanto seu filho quanto sua cidade como um novo momento, um recomeço, um alicerce. (Procure o significado de Enoque.) Deus o tinha privado de alicerces, mas Caim decide estabelecer um por contra própria para exaltar seu próprio nome. Ele decide se estabelecer como o originador de uma civilização. Essa é a ânsia por grandeza que vemos tanto em indivíduos quanto em culturas e nações.
Observe a história, o que se diz sobre grandes conquistadores, estrategistas e líderes políticos que sacrificaram a vida dos seus subalternos para um ou outro fim. Esse espírito de Caim é tão pervasivo quanto pecaminoso. Seja no plano individual, federativo, corporativo ou cultural, a resposta do cristão é clara, e ela se encontra em Filipenses 2.3, 4 e em 1Pedro 5.5, 6. Reflita nesses textos hoje.