[Ezequiel 4.1-16]

Ezequiel é bastante conhecido por seus atos simbólicos e representações da mensagem transmitida à nação (Ez 5.1-4; 12.1-20; 24.15-27). No texto de hoje, ele é chamado a representar “os anos da iniquidade” da nação de Israel e de Judá (vv. 5-7). Há muito debate entre os estudiosos se esses anos representam o tempo futuro de castigo (os anos de domínio estrangeiro no verso 8, de 597 a.C. – o cativeiro do rei de Judá – até 167 a.C., período aproximado da revolta dos macabeus e libertação de Judá) ou o tempo passado de pecado (o verso 5 remontando aproximadamente ao início do reinado de Davi, 430 anos antes). O fato é que as ações simbólicas do profeta deixam claro para a Judá de sua época que o povo receberia o castigo correspondente aos seus erros. Algumas pessoas tinham expectativa de que o cativeiro não duraria muito tempo (Ez 33.23-33), mas o Senhor revelou que o castigo era certo e duradouro (v. 8).

O fato de sermos alcançados por Deus apenas por Sua graça não significa que, como Pai amoroso, Ele deixe de nos disciplinar quando Lhe desobedecemos. Ao contrário, o Senhor nos disciplina porque somos “filhos legítimos” (12.8). Em sua oração, peça a Deus que lhe dê um coração sensível para situações de crise e dificuldades em que Ele deseja chamar sua atenção. C. S. Lewis disse que Deus sussurra em nossos ouvidos em momentos de prazer; já no sofrimento, Ele “grita” para chamar nossa atenção a Si.

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