[Jó 6.22-30]

Quando Jó quebra o silêncio, abre-se a porteira para os discursos infames de seus amigos. Todos põem em dúvida a integridade de Jó ao exporem suas opiniões sobre Deus, a saber, que a única forma de Deus agir para com os homens é a retribuição terrena segundo as obras deles. Nenhum deles cogita a possibilidade de estar errado a fim de acreditar na inocência do amigo. Por isso Jó responde com as palavras do texto de hoje (cf. 16.1-5). Ao duvidarem da integridade de Jó, aqueles homens não só menosprezaram o sofrimento dele como também arrancaram dele qualquer esperança de apoio ou consolo. E o fato que as opiniões deles sobre Deus estavam redondamente equivocadas (42.7-9) só levou a mais confusão e revolta em Jó (19.7-29; 30.1-31). Boa doutrina serve até para isso, pois amigo que é amigo não leva o outro a duvidar de Deus.

Mais sinais de amizade verdadeira são: reconhecer a validade do sofrimento do próximo, encorajá-lo em sua dificuldade e confiar que ele diz a verdade. É papel do cristão ajudar seu amigo a enfrentar a adversidade com os olhos em Deus, não na adversidade ou em si mesmo. É papel do cristão ajudar seu amigo a ver que, embora não tenhamos resposta para tudo, temos um Deus que não dá ponto sem nó. E se lhe falta sabedoria ou conhecimento para consolar o amigo na hora da dificuldade, lembre-o disto: “Mesmo em meio à aflição e ao sofrimento, o crente não precisa saber por que sofre, desde que saiba quem o conduz ao longo da estrada” (Carlos Osvaldo Cardoso Pinto).

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