[Gênesis 4.19-24]

Eis Lameque, o sétimo depois de Adão na linha de Caim. (Compare-o com Enoque, o sétimo de Adão na linha de Sete. Gn 5.21-24; Hb 11.5, 6) Vê-se em Lameque como a humanidade decaíra na linha cainita pela atitude de desprezar o padrão de Deus para a família e desprezar a vida humana. Ademais, ele se gloriou no desprezo pelo que Deus preza (vv. 23, 24). Esta é outra característica que pervade as culturas humanas: a autogratificação em desafio ao padrão de Deus. Ou seja, o que importava para Lameque era satisfazer seus impulsos. Essa mentalidade lança uma sombra lúgubre sobre os aspectos de civilização e cultura em que os filhos de Lameque foram pioneiros, a saber, os meios de produção (Jabal), a arte (Jubal e possivelmente Naamá) e a tecnologia (Tubalcaim). As atividades indicadas aqui não são más – são proveitosas e necessárias. Porém, quando a serviço de uma civilização em que a autoglorificação e a autogratificação imperam, tornam-se pretexto para a depreciação da vida e todo tipo de depravação, da exploração sexual à escravidão e à guerra.

Embora a graça comum de Deus conceda inteligência e criatividade a qualquer um, o pecado sequestra e subjuga essas qualidades, podendo tornar seu produto repugnante para quem ama a Deus. É preciso sabedoria para distinguir atividade de motivação, examinar resultados e conteúdos, bem como respeitar as sensibilidades de irmãos que se escandalizam com criatividade mal direcionada. Leia Romanos 14 e reflita no que esse texto ensina.

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