[2 Coríntios 11.16-31]

Se tem um texto intrigante do Novo Testamento, é esse! Quando isolado, parece contradizer o que a Bíblia ensina sobre contentamento (Fp 4.4; 1Ts 5.16, 18). Paulo faz uma lista enorme das dificuldades que enfrentou por servir a Deus com fidelidade. O cômico, para não dizer trágico, é que na sua história pré-conversão, a coisa era bem diferente. Profissionalmente, Paulo era reconhecido como parte da elite acadêmica de Jerusalém (At 22.2-5) e possível sucessor de Gamaliel. Porém, depois que foi ao chão na estrada de Damasco, sua vida virou completamente: “Este homem é meu instrumento escolhido […] mostrarei a ele o quanto deve SOFRER pelo meu nome” (Atos 9.15, 16 – destaque nosso). Com isso em mente, leia o texto-base outra vez. Faz mais sentido? As pressões externas (vv. 23-27) e internas (vv. 28, 29) se juntavam à dor da rejeição pessoal pelos coríntios, que desprezavam Paulo em troca de autointitulados “superapóstolos” (2Co 11.5, 13).

Se fosse hoje, alguém diria que Paulo não era crente, que estava debaixo de maldição, ou que tinha pecado escondido. Tanto sofrimento não pode ser a vontade de Deus! É assim que você entende a vida cristã? Pois saiba que Deus incluiu o sofrimento como parte do Seu plano perfeito para atingir objetivos particulares na vida do servo fiel. No caso de Paulo, o plano era que ele aprendesse a perspectiva correta de sucesso e que fosse humilde e dependente do Senhor (2Co 11.30). E você, como reage quando a coisa “fica feia” para o seu lado?

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