[1 Timóteo 2.5]
O que você pensaria se ouvisse que Jesus apenas aparentava ser humano, e que Seus sofrimentos e morte não foram reais? “Se ele sofreu, não era Deus; se era Deus, não sofreu”. Estranho, não?! Esse ensino, o docetismo, era uma das heresias do final do primeiro século, atacada inclusive pelo apóstolo João (1Jo 4.2; 2Jo 7). Dentre o legado dos pais da igreja, Inácio de Antioquia, bispo da igreja naquele local, se destaca na defesa da sã doutrina. Ele escreveu seis cartas para as igrejas da região e uma para um colega bispo, Policarpo. Em suas cartas, Inácio argumenta que negar a humanidade de Cristo é um erro tão grave quanto negar Sua divindade. Se Jesus não é Deus e humano, não pode mediar entre Deus e humanos, como lemos em nosso texto (1Tm 2.5). Negar a verdadeira humanidade de Cristo é negar a base de nossa reconciliação com Deus.
Crer corretamente é essencial para termos uma relação correta com Deus. Como assim? Se focarmos apenas a divindade de Jesus, nossa devoção será farisaica, legalista, moralista e religiosa, não levando em conta que Jesus chorou e teve compaixão das pessoas. Se focarmos apenas Sua humanidade, nossa devoção será carnal, humanista e libertina, sem considerar que Deus é santo e chama os salvos para crescerem em santidade.