DIÁRIO DE HORA SILENCIOSA

Semana 13 – Sexta-feira

[Provérbios 12.24]

No Brasil é comum usarmos a expressão “pôr a mão na massa” para descrever a atitude de quem toma a iniciativa ou desenvolve algum tipo de trabalho ou tarefa. Quem põe a mão na massa é conhecido por ser trabalhador, esforçado, diligente em tudo o que faz. O problema é que uma nação é composta por dois tipos de pessoas, os diligentes e os indolentes, ou seja, os que põem a mão na massa e os que se escondem na preguiça. O versículo tema de hoje faz um contraste entre o indivíduo trabalhador e o preguiçoso. Aponta para um futuro promissor àqueles que gostam de pôr a mão na massa, mas a um futuro pesado aos que optam pelo caminho confortável e de menor esforço. De um lado, filhos que aprendem desde cedo a auxiliar em casa, pais trabalhadores, funcionários dedicados e, por que não, governantes excelentes. Do outro lado, filhos que insistem em receber tudo de mão beijada, pais preguiçosos, funcionários medíocres e péssimos governantes. O indolente é escravo da sua própria conduta e certamente acabará mal. A preguiça cobra um preço alto, e a conta não tarda em chegar.

Leia Eclesiastes 9.10 e pense um pouco nas atividades e oportunidades que o Senhor tem colocado em suas mãos. Tarefas caseiras, estudos, emprego, igreja, sociedade, e por aí vai. Qual tem sido sua postura? Você encara ou pula fora?

Semana 13 – Quinta-feira

[Provérbios 18.20, 21]

Hoje vamos falar da nossa boca. Você já pensou como é fácil num momento elogiar e motivar alguém e, logo em seguida, passar a criticar e a difamar o próximo? Não é à toa que certo homem chamado Ahikar disse certa vez: “Meu filho, adocica a tua língua, e faze agradável a abertura da tua boca; porque é a cauda do cachorro que lhe obtém o pão, e a sua boca que lhe arruma chicotadas”. Nossa leitura bíblica fala de frutos para nos alertar que palavras têm consequências. O primeiro versículo fala de alguém se saciando de um fruto que considera saboroso: falamos bem ou mal porque gostamos, porque somos bons ou maus. O segundo parece falar dos estragos que nossas palavras podem causar, mas lembra que nós mesmos comeremos o fruto. Se você usar bem sua boca, a paz será sua amiga; do contrário, os problemas serão uma constante em sua vida.

Como você usa as palavras? Elas contribuem para o crescimento de quem as ouve? Você é conhecido como alguém que fala demais? O que você acha de, neste dia, buscar um feedback sobre o que tem saído da sua boca? Pergunte a alguém da sua família, ou a um amigo da sua faculdade ou trabalho como têm sido suas palavras. Depois, anote as respostas e não se justifique. Pense a respeito e comprometa-se, diante do Senhor Jesus, com as mudanças necessárias.

Semana 13 – Quarta-feira

[Provérbios 18.15]

Somos uma sociedade extremamente barulhenta. Gostamos de expressar em alto e bom som nossas opiniões, cantamos pelas ruas nossas canções preferidas, televisões e rádios passam a maior parte do tempo ligados, vendedores no varejo não medem esforços para chamar nossa atenção, e por aí vai. Isso tudo sem falar, é claro, da indústria, que nos proporciona desde carros populares até aviões turbinados. É fato: consumimos barulho! Como disse Pitágoras, “se o que tens a dizer não é mais belo que o silêncio, então cala-te”. Algumas vezes dá vontade de fazer calar todo ruído ao redor e apenas silenciar. São muitas vozes, centenas de propostas. E a questão não é se vamos ouvi-las, mas quais ouvir. O provérbio de hoje aponta um tipo de som que devemos buscar, e esse som é o conhecimento (Pv 8.32-36). Conforme sintonizamos nossa audição à sabedoria, o discernimento passa a fazer parte da nossa vida. Conseguimos filtrar melhor o conteúdo ao qual somos expostos.

A qual tipo de som seu ouvido tem sido exposto? Qual o conteúdo das conversas em seus círculos de amizade? Sua família contribui positivamente com conversas agradáveis? Qual o nível de profundidade das suas músicas prediletas? Pensando nas telas da TV, cinema, notebook ou até no seu smartphone, o que você tem mandado para dentro do seu ouvido? Pense bem no que foi mencionado e ponha de lado o que o afasta da sabedoria. 

Semana 13 – Terça-feira

[Provérbios 4.25-27]

Você já se pegou falando sozinho numa conversa pelo fato de a outra pessoa ter se distraído com outra coisa? Vocês estavam no mesmo assunto, mas, de repente, seu interlocutor vidrou em outra cena ou imagem. Isso acontece porque nossos olhos captam quase tudo o que acontece à nossa volta, inclusive o que não deveria nos interessar. É por isso que o trecho das Escrituras em questão sinaliza nossa necessidade de manter os olhos naquilo que é essencialmente bom, útil e relevante. A expressão hebraica utilizada, “mantenha o olhar fixo”, bem poderia ser traduzida por “considere digno de respeito”, reforçando a ideia de sermos sábios. O versículo 26 vai um passo além dos olhos e destaca a preocupação com a segurança do indivíduo por onde quer que ele vá. Fica claro que o pai quer ver seu filho prestar atenção em cada decisão diária, a fim de andar longe da maldade (Sl 23.6).

Pensando no que lemos hoje e procurando aplicar de forma prática, trace duas colunas num pedaço de papel. De um lado coloque “olhos bons”, e descreva coisas como contemplar o pôr do sol. A ideia é destacar como você tem usado bem os olhos que o Senhor lhe deu. Na outra coluna coloque “olhos maus”, e ressalte somente aquilo que desagrada o Senhor e Sua santidade.

Semana 13 – Segunda-feira

[Provérbios 4.20-22]

Quando éramos crianças, ouvimos muitas vezes a expressão “preste atenção”. Quando não era nosso pai ou nossa mãe a falar, não escapávamos dos avós ou professores. Depois que conseguíamos nos concentrar neles, recebíamos algo importante, mas se não gravássemos e praticássemos o ensino, estaríamos perdidos. O texto de hoje foi escrito por volta do século 10 a.C. pelo sábio Salomão, antigo rei de Israel. Ele se coloca no papel de um pai preocupado em preparar seu jovem filho para encarar a vida. Isso porque as oportunidades e propostas que surgirão na vida dele serão diversas, e muitas delas extremamente prejudiciais. O pai, que já trilhou um longo caminho entre acertos e erros, conta ao pé do ouvido do filho um segredo que o ajudará a fugir dos estilos de vida corruptos ou mesmo duvidosos. O filho, por sua vez, deve encher seu coração com as palavras do pai, isto é, a mais pura sabedoria divina expressa em todo o livro de Provérbios.

O resultado da obediência é uma vida bem-sucedida diante de Deus. Não significa que não haverá fracassos ou que por vezes o coração não se perderá (Jr 17.9), e sim que desfrutaremos nossos dias conforme propõe o Senhor. Com o que você alimenta o seu coração? Recorre primariamente à sabedoria humana (escritores, filósofos, cientistas, roteiristas de seriados, filmes e novelas, jornalistas)? Recorre a amigos e conselheiros? Comece o seu dia buscando Senhor e Sua Palavra como referência para toda e qualquer área da sua vida.

Semana 12 – Domingo

[Efésios 5.1]

O que significa ser piedoso? Amar a Deus intensamente? Perdoar até os piores ofensores? Demonstrar bondade até àqueles que, em nossa opinião, não merecem nenhuma boa ação? Seria o piedoso aquele que está rigorosamente em dia com as reflexões do seu Diário de Hora Silenciosa? Eis a questão: a piedade bíblica não se limita ao calor interno das afeições que temos pelo nosso Deus, nem ao frio de meras demonstrações externas de religiosidade. Trata-se do coerente e explosivo efeito da fusão entre afeições e ações. Piedade é devoção sincera e visível ao Deus invisível. Antes de sermos alcançados por Cristo, andávamos aprisionados à mentalidade do pecado que regia nossas decisões e contaminava até as mais nobres das nossas ações. O Deus verdadeiro nos concedeu uma nova mentalidade capaz de permear toda a nossa vida e impactar os homens. Nós, que somos alvo do amor desse Deus que nos ama como filhos, devemos seguir Seu exemplo: por amor imitá-lO em tudo, e em amor revelá-lO a todos.

Observe no verso de hoje a profundidade do amor com o qual somos amados e a grandeza do exemplo que somos desafiados a seguir. Reconheça sua incapacidade e dependência de Deus para tanto. Deixe que o Espírito traduza suas profundas afeições pelo Filho em ações visíveis que glorifiquem o Pai.

Semana 12 – Sábado

[Hebreus 6.10-12]

Às vezes somos atordoados pelo sentimento de que viver piedosamente não vale a pena. Vemos tantos correndo a corrida da vida à sua própria maneira e conquistando tantas coisas que, pelo menos aos nossos olhos, parecem ser tão boas. Perguntamos: “Será que devo continuar?” A resposta que o verso 10 nos dá é clara. Sim, vale a pena! Cada segundo de cada dia vivido para a honra do nome de Jesus vale a pena. Não buscamos uma recompensa de validade perecível, mas duradoura. Não corremos atrás de algo que se encontra aqui, e esperamos aquele que de fato pode nos satisfazer quando chegarmos lá. O dinheiro, os amigos, a fama, o poder isso não é nada comparado “àquele que era, que é, e que há de vir”. A piedade se revela em nossa perseverança e esperança, pois a nossa recompensa vem de Deus, não dos homens. Que tesouro terreno poderiam os mortais nos oferecer? A nós que viveremos para sempre? O que nos ofereceriam em troca daquele que é o caminho? Nada. Que venha o grande dia!

Que fatores têm testado sua perseverança ou abalado sua confiança no valor da recompensa futura? Peça a Deus que traga à sua memória momentos cruciais em que Ele marcou sua caminhada. Alinhe suas prioridades e aponte-as novamente para o dia em que nos encontraremos com o nosso Rei.