DIÁRIO DE HORA SILENCIOSA

Semana 8 – Sexta-feira

[Romanos 10.9-13]

A fé verdadeira, que vem de Deus e se apropria da salvação, tem dois elementos básicos: ela crê que Jesus é Deus e que Ele ressuscitou. Por duas vezes Paulo argumenta que é necessário reconhecer a Jesus como Senhor (vv. 9, 13); o que isso significa? O nome “Senhor” era utilizado no Antigo Testamento para se referir a Deus. Em vez de os judeus falarem o nome de Deus, Yahweh, eles falavam “Senhor”. O versículo 13 é uma citação de Joel 2.32, onde lemos sobre invocar literalmente o nome de Yahweh (traduzido como “Senhor”). Porém, aqui em Romanos, Paulo utiliza Joel 2.32 para se referir a Cristo. Assim, pode-se concluir que uma fé salvadora reconhece que Jesus é o próprio Deus. Em segundo lugar, é preciso crer que ele não somente morreu por nós, mas também ressuscitou (v. 9). Em 1Coríntios 15, Paulo explica com mais detalhes por que a ressurreição é essencial para a fé cristã. “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” (1Co 15.17 – RA) Não crer na ressurreição é rejeitar o evangelho.

Creia que Jesus é o próprio Deus, que Se fez homem, viveu uma vida sem pecados, morreu e ressuscitou por você, a fim de reconciliá-lo com Deus. Mas não somente creia em seu coração. Confesse-o com sua boca, dizendo que Ele é o seu Deus, o seu Salvador. Um verdadeiro cristão não deve permanecer na omissão de sua fé. As pessoas à sua volta sabem que você pertence a Cristo? Por fim, se você clamou ao Senhor Jesus por salvação, creia que ela lhe foi concedida.

Semana 8 – Quinta-feira

[Romanos 8.1-4]

Nosso primeiro versículo de hoje começa com a conclusão dos sete primeiros capítulos de Romanos, que discorreram sobre como Deus declara justos (sem culpa) todos aqueles que creem em Jesus. Não há, portanto, absolutamente nenhuma condenação para quem está em Cristo. Nossa condição de pecadores tornou impossível que cumpríssemos toda a lei de Deus para sermos salvos; do contrário, a Lei só serviu para ressaltar o quanto estávamos condenados. Deus, porém, nos concede vida pelo Seu Espírito (vv. 2, 3). Com sua vida, morte e ressurreição, Jesus cumpriu todos os preceitos da lei de Deus, no nosso lugar. Ele veio em “semelhança do homem pecador”, porém puro, sem pecados. Assim, pode substituir os crentes, tornando-os santos e sem culpa ao carregar sobre Si a punição, a culpa, pelos nossos pecados.

Algumas pessoas, ao se depararem com o pecado em sua própria vida, ficam extremamente desanimadas em seu relacionamento com Deus, pensando que Ele as tem rejeitado. Outras têm dificuldade de dizer que são salvas, pois pensam em como elas têm fracassado em “compensar” a salvação que receberam do Pai. Elas temem perder sua salvação. Em ambos os casos, o problema é o mesmo: a não compreensão de que nenhuma condenação há para aqueles que creem em Cristo. O que nos aproxima de Deus é a fé em Jesus. Somos salvos, declarados livres, por meio da fé no Filho de Deus. Nunca esqueça isso, para que você possa desfrutar uma vida cristã alegre, sempre crescendo em santidade, para a glória de Deus.

Semana 8 – Quarta-feira

[Romanos 5.6-11]

O fato de Deus enviar Seu filho para morrer em lugar de homens ímpios (inimigos de Deus) é uma grande demonstração de amor, que vai contra a natureza dos homens. Por isso Paulo diz que talvez alguém ouse se sacrificar por um justo, um homem bom (v. 7). Deus, porém, vai além (v. 8): Jesus não se entregou por homens justos e bons. Ele Se sacrificou por pecadores, por inimigos, por pessoas que rejeitaram Sua vontade e orgulhosamente escolheram o pecado. Guarde isto: se Deus nunca tivesse feito qualquer sacrifício para nos dar a salvação, Ele continuaria sendo um Deus justo e bom. Ainda assim Ele quis salvar homens e mulheres pecadores. Isso se chama graça – fizemos tudo para merecer a condenação, mas recebemos a salvação. Éramos inimigos, mas fomos reconciliados (vv. 10, 11).

Cuidado com movimentos “evangélicos” que querem determinar o que Deus vai ou não fazer, como se tivéssemos o direito de exigir alguma coisa dEle. Cuidado com a ideia de colocar Deus contra a parede para que Ele atenda as nossas orações. Quem age assim ainda não entendeu quem a Bíblia diz que nós somos, nem quem Deus é e o que Ele fez por nós. O amor de Deus demonstrado na cruz, comparado com a realidade da nossa miséria, deve nos levar a uma atitude de gratidão e contentamento, tanto na fartura e sucesso quanto na escassez e fracasso. O maior presente já foi dado aos que creem em Cristo: a reconciliação com o Pai.

Semana 8 – Terça-feira

[Romanos 3.9-20]

Podemos olhar para o texto de hoje como uma breve descrição de quem somos. Paulo retrata a situação do homem aos olhos de Deus como alguém que é culpado por sua rebeldia à vontade divina. Não há um justo sequer (v. 10)a, todos são totalmente condenáveis aos olhos de Deus (v. 19). Isso significa que se Deus decidisse condenar todas as pessoas ao inferno, Ele continuaria sendo justo e bom. Também significa que não é possível restaurar o relacionamento com Deus por meio de boas obras (v. 20). Basta ser sincero para admitir que todos temos pecado. Pecamos em ações vergonhosas, omissões egoístas, pensamentos maldosos e sentimentos e desejos maliciosos. Você teria coragem de revelar a todos os seus conhecidos absolutamente tudo o que você pensa, deseja, faz e sente? É bem provável que não, afinal, temos consciência de que muitas dessas coisas são erradas e vergonhosas – são pecaminosas.

Aos olhos de Deus, todos estamos debaixo do pecado e não há boa obra nossa que mude essa realidade. Mas há uma solução para esse problema, e falaremos mais sobre ela nos próximos dias. Por hoje, reflita sobre quem é você aos olhos de Deus. Não é hora de se comparar com os outros, mas de admitir quem você é. Olhe novamente para o texto de hoje e ore ao Senhor de um modo coerente com a sua identidade aos olhos do Todo-poderoso.

Semana 8 – Segunda-feira

[Romanos 1.16, 17]

Há algumas palavras-chaves nesse trecho: evangelho, Cristo, salvação, justiça, justo e fé. O termo evangelho é uma junção de duas palavras gregas que significam “boa” e “mensagem”: “boas notícias”. Quais são essas boas notícias? A resposta é: a justiça gratuita mediante a fé em Cristo. Vamos à explicação. Justiça significa retidão, agir de acordo com a lei divina. Assim, basicamente, todo aquele que obedece perfeitamente à lei é justo. Todavia, a Bíblia deixa claro que “não há um justo sequer” (Rm 3.10), pois “todos pecaram” (Rm 3.23). Por isso, todos estão condenados à morte eterna, a ficarem longe de Deus para sempre (Rm 6.23). Certamente essa é uma má notícia. É aí que entra o evangelho! Para que nem todos os homens fossem condenados, Deus Se fez homem, morreu e ressuscitou, para substituir os pecadores e pagar o preço de seus pecados (2Co 5.15). Todos os que creem em Jesus têm acesso a esse presente e são declarados “justos” diante de Deus. Assim, eles não serão condenados, mas terão a salvação – a comunhão eterna com Deus. A salvação não é fruto de boas obras que fazemos, mas alcançada por causa da graça de Deus e por meio da fé em Cristo, “como está escrito” (v. 17).

Onde você passará sua eternidade, ao lado de Deus ou longe dEle? A resposta está diante de você. Leia João 3.16-18, 36 para auxiliá-lo nessa reflexão. Depois, arrependa-se dos seus pecados e creia que Jesus é o único Deus verdadeiro que pode lhe dar a vida eterna (1Jo 5.20).

Semana 7 – Domingo

[1 Coríntios 11.1]

Continuaremos olhando para a vida de homens e mulheres que marcaram a história da Igreja, desafiando os poderes seculares de sua época e, muitas vezes, pagando o preço com a própria vida. Irmãos que inspiraram gerações de servos de Deus para um andar santo e firme na proclamação do evangelho. Em 1Coríntios 11.1, Paulo nos chama a ser seus imitadores. Como um homem pode chamar para si responsabilidade tão grande? A atual geração de jovens tem presenciado a idolatria de celebridades, sejam artistas ou jogadores; algo completamente contra os valores e princípios cristãos. Mesmo assim, o anseio de desfrutar os prazeres do mundo faz com que muitos jovens se enredem nesse canto de sereia. No corte de cabelo, no estilo de roupa ou na hora de bater falta, nota-se qual ídolo se está tentando imitar.

As devocionais desta semana nos convidam a estudar a vida de pessoas que não tiveram a fama do mundo, mas que certamente são dignas de nossa admiração e cuja fé vale a pena imitar. Incentivamos você a pesquisar em biografias ou mesmo na Internet a contribuição que esses homens e mulheres fizeram à Igreja de Jesus Cristo. Mais que isso, também queremos motivá-lo a olhar para dentro de sua igreja e pensar naqueles que você tem como exemplo de cristianismo e espiritualidade. Ore e convide uma pessoa da sua igreja para um momento de comunhão, um almoço ou jantar, quando vocês poderão compartilhar experiências e lutas na vida cristã. Esse será um momento de aprendizado para você.

Semana 7 – Sábado

[Hebreus 12.1]

Durante a semana, estudamos cinco personagens que impactaram grandemente o meio evangélico de seu tempo. Seja por meio da oração, do estudo, do ensino da Palavra ou do amor pelos perdidos, esses homens e mulheres testemunham a prática do evangelho simples, fundamentado na busca de um relacionamento profundo com o Senhor. Eles exerceram uma autodisciplina rigorosa no seguinte tripé igualmente simples: oração, Palavra e serviço. Muitos outros poderiam ser citados para ilustrar ainda mais o poder de Deus na vida de pessoas simples, mas consagradas àquilo que creram: desde Jan Hus, um dos precursores da Reforma, passando por Lutero e Calvino, ao grande escritor John Bunyan, autor do livro O Peregrino; dos puritanos dos séculos XVI e XVII aos desbravadores de campos missionários longínquos, como Adoniram Judson, Davi Brainerd, Davi Livingstone. Dos grandes avivalistas Jonathan Edwards, os irmãos Wesley, George Whitefield… nomes dignos de estudo e que nos inspiram a uma vida consagrada ao Senhor Jesus.

Gastamos tanto tempo e recursos com coisas não relacionadas à nossa saúde espiritual. Queremos saber tudo sobre os personagens de filmes, séries ou esportes. Vivemos tão preocupados em atualizar nosso Facebook, Instagram. O quanto você inspira e é inspirado na mídia social? Deus está nos desafiando a sabermos mais da história de homens e mulheres que são fonte de inspiração verdadeira e duradoura.