DIÁRIO DE HORA SILENCIOSA

Semana 37 – Quarta-feira

[Salmos 37.1-11]

Quando o Espírito Santo ilumina a mente de alguém, a pessoa compreende que é pecadora e que necessita da justiça de Jesus Cristo. Em Cristo, ela pessoa deixa para trás uma vida dominada pelo pecado e passa a desfrutar a liberdade de poder lutar contra o pecado e buscar uma vida coerente com a nova natureza que recebeu. Toda a instrução de como viver para agradar a Deus está na Palavra e, por vezes, vivê-la significa renunciar o desejo que é natural ao coração. A salvação é de graça, mas a vida com Deus custa a crucificação diária da carne. Uma jornada que vale a pena, pois molda o cristão à imagem de Cristo, mantém-no em comunhão com Deus e prepara-o para um futuro de glória ao Seu lado. As bênçãos recebidas pelos filhos não são materiais. No entanto, às vezes é possível perder o foco. Talvez um coração redimido ainda deseje silenciosamente o dinheiro, a casa, as roupas, o casamento, o sucesso, as saídas, as viagens, a saúde, o físico e as condições de vida daqueles que não temem ao Senhor. Mas a Bíblia adverte a que não se inveje os ímpios, cujo fim é a perdição eterna, assim como nos lembra de que a esperança desta vida é a vida futura. Não podemos tocá-la hoje, mas temos garantida uma riqueza imensurável: o desfrute eterno da plenitude do Criador.

Você sente inveja daqueles que não creem? Peça a Deus que o ajude a focar seu coração nas verdades espirituais que devem guiar sua vida.

Semana 37 – Terça-feira

[Salmos 52.1-9]

Este salmo davídico foi escrito quando Doegue, chefe dos pastores, contou a Saul que os sacerdotes de Nobe haviam ajudado Davi quando este ainda era fugitivo. Saul mandou que todos eles fossem mortos, mas seus homens se recusaram a fazê-lo por saberem que aqueles eram sacerdotes do Senhor. Assim, Saul deu ordem a Doegue que os executasse, e ele obedeceu. É a Doegue que o salmo é direcionado, mas, embora haja referências pessoais e diretas, ele representa toda a classe de homens ímpios. A maldade daqueles que estão longe de Deus se expressa em que eles se vangloriam do mal, ultrajam a Deus continuamente, falam palavras destrutivas e preferem o mal ao bem. Em seguida, o salmista conclama o juízo de Deus sobre a impiedade, afirmando que o destino deles é a destruição. Sim, Deus é amor! Mas Ele também é justo na mesma proporção que é compassivo, e todo aquele que endurecer o coração, amando a este mundo em detrimento de seu Criador, sofrerá as consequências da ira divina.

Você conhece alguém que não crê em Cristo como Salvador? Talvez seja alguém próximo de você, alguém que você ama. Muitos carecem da graça de Deus. O coração deles está duro e seu destino é a destruição. Ore por eles, fale da salvação que só se encontra em Cristo e clame para que a misericórdia de Deus os alcance.

Semana 37 – Segunda-feira

[Efésios 4.17-21]

Você já parou para pensar como é grande a salvação em Cristo? É claro que não dá para fazer isso de maneira palpável, mas podemos ponderar sobre suas dimensões. Independentemente de sua história de vida – se você cresceu numa família cristã ou se veio a se converter em meio a uma realidade arredia ao evangelho –, as implicações da salvação são as mesmas. Todos estavam espiritualmente mortos. No texto que lemos, Paulo descreve de forma impactante essa morte espiritual que domina o mundo, expondo a condição daqueles que estão longe de Deus: presos em pensamentos inúteis, incapazes de qualquer discernimento espiritual pela dureza do próprio coração, insensíveis e entregues à depravação. Essa era a nossa realidade sem Cristo, não importa se crescemos perto ou longe de uma igreja. Porém, houve vida! Uma vez que uma pessoa é justificada por Cristo, ela muda da posição de escrava do pecado para filha de Deus, restaurada para uma nova realidade de vida condizente com a Palavra. A obediência em viver um padrão santo de conduta deve ser a resposta humilde e amorosa quando se compreende a grande, maravilhosa e imerecida graça que alcançou os perdidos.

Pare por alguns instantes para apenas refletir na sua salvação. Relembre o dia ou o processo de sua conversão e contemple a obra de Deus em sua vida. Agradeça o privilégio de ter sido liberto da dureza de coração e da devassidão, e de receber do Espírito Santo o discernimento necessário para entender que você precisava de um redentor.

Semana 36 – Domingo

[Salmos 24.7]

A “bondade” vista no texto como admirável e desejável virtude divina também pode ser traduzida por “beleza”. Não há nada mais fascinante, belo e desejável do que a pessoa do Deus vivo. Vemos doces sinais de Sua beleza nas obras de Suas mãos. A Sua criação revela, ainda que de modo limitado, a glória de Sua própria beleza. O universo criado não é apenas funcional como um mecanismo bem projetado, ele é lindo como um céu estrelado. Enquanto a perfeição matemática da criação revela a sabedoria de seu Idealizador, a beleza indiscutível do universo revela a pessoalidade majestosa e artística do seu Criador. Cada entardecer, nascer de uma flor ou fulgor de um relâmpago nas nuvens do céu nos dá visíveis amostras da beleza de Deus. São como pequenas gotas do oceano da refulgente e maravilhosa glória que nos aguarda diante do maior dos artistas.

O salmista fala do anseio pela beleza do próprio Deus. Ora, assim como é fácil ver anúncios de férias em lugares paradisíacos e querer estar lá, crentes que almejam a vida eterna certamente sonham com as belezas que nos aguardam no paraíso. Mas o céu de nada valeria sem a presença de Deus. Você precisa desenvolver uma ardente paixão não só pelas maravilhas do Criador, mas também e principalmente pela pessoa de Jesus Cristo, nosso Senhor e Deus. Pense na beleza de tudo que Ele já fez e O glorifique na expectativa de um dia poder contemplá-lO por quem Ele é na beleza de Sua santidade! 

Semana 36 – Sábado

[Lucas 11.2][1 Coríntios 10.31-33]

Os anseios do cristão devem ser permeados pelo desejo principal de que o nome de Deus seja santificado em todos os âmbitos possíveis de existência. A oração do “Pai Nosso” começa com a declaração desse desejo para que o nome de Deus seja tido como Santo em todos os lugares (Lc 11.2). Paulo nos dá o mandamento divino de que tudo o que façamos seja feito para a glória de Deus (1Co 10.31). No entanto, corremos o risco de violar esse mandamento quando usufruímos da nossa liberdade em Cristo de maneira egoísta, sem pensar nos outros. E o pior é que podemos pecar contra nossos irmãos no uso da nossa liberdade achando que estamos sendo piedosos e espirituais. As pessoas podem ver o que fazemos como algo errado que as fará tropeçar (1Co 10.32) ou desonrar o santo nome de Jesus, nosso Senhor e Deus (Lc 11.2).

Não idolatre sua liberdade. Em Cristo somos verdadeiramente livres. A verdadeira liberdade não nos escraviza aos desejos do nosso coração, sejam eles bons ou ruins. Se nossa liberdade for levar alguém a tropeçar, em Cristo somos verdadeiramente livres para dizer não ao que desejamos. A mesma peça artística que nos entretém e faz refletir sobre a Palavra de Deus pode causar num irmão sentimentos ofensivos e tentadores. Do mesmo modo, precisamos amadurecer no reconhecimento de que algo que é bom para nosso irmão pode não ser o mais apropriado para nós. Você tem santificado o nome de Deus com sua liberdade?

Semana 36 – Sexta-feira

[Isaías 5.20, 21]

Enquanto muitos têm sido luz de Deus nas artes, há numerosos grupos, em diferentes frentes artísticas – desde a música e a dramaturgia às artes plásticas e aplicadas – comprometidos com uma inversão de valores. Assim como nos dias do profeta Isaías, chamam o mal de bem e o bem de mal (v. 20). Temos sido bombardeados pelos que se esforçam pelo abandono do velho para a imposição do novo. Em nome da tolerância, teses intencionalmente mal fundamentadas quanto à sexualidade, aos papéis e à identidade das pessoas inundam mentes poderosas e influentes da sociedade de modo às vezes sutil (quando requerido), às vezes escancarado (quando permitido). Curiosamente, no combate à intolerância, os combatentes mais ilustres se tornaram os mais intolerantes de todos. Agem de modo tão impensado para estabelecer o que é socialmente aceitável e politicamente correto, que nem eles mesmos se suportam. Escravos do próprio erro de julgamento, acreditam em suas mentiras e se recusam a comparar sua sabedoria à dos seus opositores e muito menos à Palavra de Deus. Eles mesmos se tornam o padrão para se avaliarem (v. 21). Uma verdadeira receita de insucesso.

Quem dita seu padrão de conduta, a Palavra de Deus ou o mundo? Você está mais preocupado em agradar a Deus ou aos homens?

Semana 36 – Quinta-feira

[Salmos 73.1-28]

A maior parte do meio artístico hoje prega uma perigosa falsa liberdade focada apenas nesta vida, uma perspectiva incorreta da existência. No salmo 73, o salmista diz que uma perspectiva de realização pessoal terrena quase o levou ao fracasso espiritual (vv. 2, 3). O sucesso de quem está longe de Deus, ou até mesmo engajado numa campanha contra Deus, parece injusto diante da bondade divina (v. 1). A arrogância marca o coração e as palavras de quem julga estar no topo do mundo sem quem os tire de lá (vv. 4-12). Seu discurso contagiante (v. 15), atrelado à sua experiência de prosperidade, é forte o suficiente para abalar os que bravamente sofrem aflições para a glória de Deus (vv. 12-14). Deus, porém, nos dá uma noção da eternidade que afasta a dúvida e firma o coração inseguro na certeza do castigo que virá sobre os que vivem despreocupadamente no pecado (vv. 16-20). A inveja nos faz agir loucamente, como animais sem esperança da eternidade, conduzidos apenas pelo instinto (vv. 21, 22). Mas Deus em Sua graça nos sustenta (v. 23) e aconselha (v. 24a), nos dando a certeza de que vai valer a pena termos aguardado a honra por vir (v. 24b). É Deus quem nos sustenta a fé em meio à luta; cabe a nós segui-lO até o fim (vv. 25-28). O apego à Palavra de Deus nos livrará da ditadura da falsa liberdade derivada dessa perspectiva incorreta da existência.

O que tem impulsionado seu coração: orgulho, amor ao dinheiro, inveja… ou o desejo de estar junto de Deus hoje e eternamente?