DIÁRIO DE HORA SILENCIOSA

Semana 46 – Quarta-feira

[Ezequiel 40.1-4]

Um povo espiritualmente renovado deveria praticar uma adoração renovada. Embora os capítulos 40 a 48 de Ezequiel falem de visões que Deus deu ao profeta (as visões do livro de Ezequiel são tão fantásticas que já viraram especulações sobre extraterrestres!), essas visões podem muito bem ser interpretadas literalmente, pois formam o clímax da profecia de Ezequiel e da restauração de Israel e apresentam descrições detalhadas do templo que será construído em Jerusalém na volta de Jesus. Os versos de hoje introduzem essas descrições. O monte a que se refere o verso 2 provavelmente é o Monte Sião, também considerado muito alto em outras visões (Ez 17.22). A descrição do verso 3 nos leva a crer que trata-se de um anjo. Alguns estudiosos têm perguntado por que a visão fala de sacrifícios oferecidos num tempo futuro, uma vez que Cristo, o sacrifício perfeito, estará presente. A melhor resposta talvez seja que esses sacrifícios, uma vez que não servirão mais para perdoar pecados, serão memoriais constantes e festivos da redenção que Jesus conquistou na cruz.

No dia de hoje, que tal ler os capítulos 7 a 10 de Hebreus para perceber como a pessoa e a obra de Cristo foram superiores e suficientes para nos dar acesso ao Pai? Se tiver dificuldade de entender, converse com um líder de sua igreja.

Semana 46 – Terça-feira

[Ezequiel 37.1-14]

O trecho de hoje nos traz uma das principais visões de Ezequiel. O profeta agora recebe uma mensagem de esperança, no lugar onde escutara a divina palavra de juízo. Observe cuidadosamente. O que o profeta vê, inicialmente (vv. 1, 2)? Com a pergunta do verso 3, Deus deveria trazer à tona a questão que se passava na mente não só do profeta, mas de Israel e das nações vizinhas. A resposta do profeta, apesar de hesitante, é consciente do poder e da graça de Deus. Qual é a orientação de Deus e como o quadro é transformado (vv. 4-10)? Nos versos 11 a 14, vemos a interpretação do significado da visão. Tratava-se de uma representação da situação de Israel no exílio e sua futura restauração espiritual. Ezequiel percebe a incumbência de informar o povo de que Deus buscaria Seu povo e os traria de volta à Terra Prometida.

Apenas Deus é capaz de reverter quadros espirituais terríveis. A nossa própria salvação, nós que estávamos mortos em nossas transgressões e pecados (Ef 2.1), é uma prova de que Ele faz isso! Hoje, ore por alguém que esteja espiritualmente longe de Deus, aparentemente sem possibilidade de mudar. Saiba que Deus é poderoso para transformar esse quadro.

Semana 46 – Segunda-feira

[Ezequiel 36.8-15]

Parte do consolo de Deus para Israel por meio do profeta Ezequiel era ressaltar a justiça de Deus. Ele faz isso novamente nos versos 1 a 7 deste capítulo. Nos versos de hoje, ele profetiza a restauração de Israel. “Galhos e frutos” (vv. 8, 9) são sinais de produtividade e do favor do Senhor. Além disso, a terra de Israel seria povoada (vv. 10, 11) e pacífica (vv. 12-15). Segundo o comentarista John MacArthur, “essas características estarão plenamente realizadas no reinado do Messias”. Os itens presentes nessa profecia remetem à benção divina na criação (Gn 1.22, 28) e à benção subsequente a Abraão (Gn 17.6). Veja a frase de reconhecimento do final do verso 11, que se repete diversas vezes no livro de Ezequiel para expressar a manifestação da glória de Deus no julgamento. Aqui, ela expressa tal manifestação na salvação.

Deus é sempre fiel às Suas promessas e cumpre o Seu pacto. Ele seria fiel à aliança incondicional que tinha com os filhos de Abraão e é fiel a nós, Seus filhos, por uma nova aliança em Cristo. Escreva uma oração de gratidão a Ele por isso.

Semana 45 – Domingo

[Salmos 9.1-20]

Por vivermos num mundo caído, coisas ruins acontecem todos os dias. Se não atentarmos para a Palavra e para como ela nos ensina a colocar nossa esperança em Deus, afundaremos na ansiedade e na desesperança. Portanto, nesta semana aprenderemos com o salmista como esperar confiantemente no Senhor, começando no salmo 9. A razão para o clamor esperançoso do salmista está em ver a posição única que Deus ocupa no universo. Ele é o Altíssimo (v. 1): ninguém está acima dEle nem chega perto de Sua autoridade. Deus também Se assenta no trono (v. 4) e permanece nele para sempre (v. 7), evidenciando Sua soberania eterna. O salmista também confia no caráter imutável de Deus. Como prerrogativa de Sua autoridade suprema, Deus julga com justiça (vv. 4-10). Com os olhos da fé, confiando no caráter justo e misericordioso de Deus (vv. 9-10), o salmista pronuncia a destruição de seus inimigos (v. 3) e dos ímpios (v. 5), reconhecendo que Deus tem um relacionamento de aliança distinto com ele (v. 4). Deus é também confiável, porque é um alto refúgio para os oprimidos, para os que confiam em Seu caráter e estão em um relacionamento de aliança com Ele (vv. 9, 10).

Que nesta semana aprendamos a confiar mais no Senhor. Isso blindará nosso coração contra a ansiedade e a preocupação e forjará a certeza que, um dia, o nosso Deus vai destruir definitivamente o ímpio. Ele será nosso refúgio eterno num lugar sem calamidades; tudo isso baseado em Sua misericórdia (Ap 21.1-8).

Semana 45 – Sábado

[Salmo 145.1-21]

Não há salmo mais apropriado para terminarmos a nossa semana sobre a esperança do cristão. Este salmo é um louvor à sabedoria, à justiça e ao amor de Deus, tanto de maneira geral, no governo do mundo, quanto particular, ao defender o Seu povo. Tudo o que vimos sobre o caráter e as obras do Senhor é recapitulado em adoração ao nosso Deus. Na verdade, essa é a principal função dos salmos, e por isso devemos tê-los diante de nós sempre que possível, pois nos ensinam a lembrar quem é Deus e o que Ele faz (v. 4). Ao crermos nisso ariamente e de maneira crescente, saberemos quem nós somos e poderemos responder a Deus de maneira adequada, ou seja, esperando confiantemente nEle. O salmo começa com um voto do salmista de que bendirá o Senhor todos os dias e para todo o sempre! A base para os seus votos está na grandeza do caráter e das obras de Deus (vv. 3, 4).

Grande parte da nossa esperança como cristãos tem a ver com o voto de Davi neste salmo. Davi quer se alegrar no caráter incomparável de Deus e proclamar as Suas obras misericordiosas e santas. Nosso alvo como cristãos que esperam em Deus deve ser o mesmo: nos alegrar no caráter de um Deus incomparavelmente santo, justo e bom e proclamar Sua mensagem de perdão e alegria em Cristo Jesus, nosso salvador e rei! Como você pode fazer isso hoje?

Semana 45 – Sexta-feira

[Salmos 99.1-9]

Neste pequeno salmo que veremos hoje, a palavra SENHOR aparece sete vezes, e a palavra santo aparece cinco, mostrando que a grande ênfase é: o Senhor é santo. Mas o que isso significa? Essencialmente, santo significa separado, especialmente no que se refere ao caráter e posição que o Deus santo da Bíblia ocupa. Nos versos 1 a 3, o salmista deixa claro que o Deus santo merece adoração, pois está acima de tudo e de todos (v. 2), até mesmo de querubins (v. 1). Outro tema explorado no salmo é o nome de Deus: Javé (traduzido por SENHOR). Esse nome de Deus é usado quando o assunto é a aliança dEle com Seu povo. Apesar de Javé ser santo, acima de todos, Ele também executa “o juízo e a justiça em Jacó” (v. 4). Isso significa que aqueles que conhecem a Deus pela fé, passam a desfrutar um relacionamento com Ele à semelhança de seus servos Moisés, Arão e Samuel (v. 6). Esse relacionamento torna possível conhecermos a vontade de Deus (v. 7), falarmos com Deus por meio da oração e ter nossos pecados perdoados, ainda que soframos suas consequências nesta vida (v. 8).

Diante do fato de que Javé, nosso Deus, é santo e está acima de todos, também devemos reverenciá-lO acima de tudo. E mesmo nas nossas falhas em fazer isso diariamente, o Deus da aliança nos encontra onde estamos e nos dá a graça e o perdão que precisamos, para nos unirmos ao salmista em nossa exaltação ao Deus santo!

Semana 45 – Quinta-feira

[Salmos 94.12-23]

Este salmo destaca as características de quem tem um relacionamento de aliança com Deus (v. 14). A primeira é que essa pessoa é repreendida pelo Senhor (v. 12); diferentemente dos ímpios, porém, é que a repreensão que recebe é amorosa e tem como objetivo sua santificação. Em nossos dias, a doutrina de que Deus disciplina a quem ama (Hb 12.6) tem se perdido, embora esse seja um aspecto essencial da vida cristã, que se estende à prática da igreja local. Outra característica dos crentes é encontrar no mesmo Deus que os repreendeu um refúgio de graça e misericórdia (vv. 17-19, 22). A repreensão antes severa de Deus torna possível o arrependimento (v. 18) e o consequente desfrutar da graça dEle (v. 19). Diante do próprio sofrimento e do seu povo (vv. 12-15), o salmista, ou até mesmo nós, podemos questionar a Deus. No verso 20, é como se o salmista fizesse isso: “Por que Deus permite que governantes perversos usem as leis para fazer o errado parecer certo?” Essa seria uma receita para o desânimo e a desconfiança no caráter de Deus. Porém, logo nos versos seguintes, o salmista se apega ao fato de que Deus cuida dos Seus (v. 22) e que os ímpios e governantes terão seu castigo final (v. 23).

Talvez você não esteja passando por nenhuma situação que se caracterize como uma repreensão de Deus. Nesse caso, ore por alguém que esteja. Peça que você e ele aproveitem a disciplina de Deus como oportunidade de crescimento espiritual. Louve a Deus porque temos um pai celestial que nos ama.