DIÁRIO DE HORA SILENCIOSA

Semana 47 – Domingo

[Romanos 14.1-8]

Nesta semana estudaremos a maneira e os motivos de aprendermos a amar e a respeitar os irmãos que pensam diferente de nós. A primeira lição, em 14.1, é a da tolerância cristã para com os “fracos na fé”. Por causa de suas convicções, eles não podem comer isso ou aquilo e creem ser um dia mais sagrado que o outro. Muitos recém-convertidos, vindos do judaísmo, estavam com a mente repleta de leis cerimoniais, guardando cada uma delas como se isso os tornasse mais espirituais, ou os fizessem mais aceitos e amados por Deus. Eles ainda não tinham compreendido que há liberdade em Cristo e que Deus não nos considera mais justos por conta dos nossos hábitos, mas somente por causa da fé em Cristo. Contudo, nós não podemos usurpar o lugar de Deus, julgando-os. Somente Ele é o Senhor, tanto deles como nosso, e só a Ele prestaremos contas.

Não é fácil tolerar pessoas que tratam assuntos triviais como se fossem essenciais. Elas discutem e defendem suas crenças e acabam nos irritando. O que fazer? Precisamos tratá-las com respeito e sensibilidade, aprendendo a amá-las e acolhê-las, dando-lhes tempo e espaço para crescerem no conhecimento da liberdade que há em Cristo, a partir do relacionamento com a Palavra de Deus. Peça a Deus que lhe ajude a lidar com isso. Esse é o nosso desafio para esta semana!

Semana 47 – Sábado

[2 Coríntios 6.3-13]

Neste texto, Paulo está defendendo seu ministério, que está sob ataque. Ele lembra ao povo de Corinto o que é ser servo de Cristo. Quem prega e vive o evangelho é alguém que, por meio da graça, é capacitado a proceder assim, perseverando na missão, mesmo em meio às perseguições (v.4). Também é alguém que se esforça para não ser motivo de escândalo, envergonhando o nome de Deus (v.1). É ainda alguém que não possui nada, embora tenha tudo por ser cooperador de Deus na expansão do Seu Reino (v. 10). Por estar firmado na Rocha, que é Cristo, as lutas, perseguições, sofrimentos físicos, emocionais e espirituais na vida de Paulo o abalaram, mas não o derrubaram. Em tudo permaneceu firme, pois sabia em quem tinha crido. Na sua pobreza material, havia enriquecido a muitos por meio do conhecimento da Verdade, e essa era a sua glória e alegria, uma herança eterna a ser recebida no céu.

A vida de Paulo personalizava e refletia o evangelho, sendo uma fiel representação dele. É assim com você? Você ficaria confortável diante de alguém que estivesse avaliando a verdade do evangelho de Jesus Cristo apenas observando a sua vida? Lembre-se de que seu padrão deve ser Cristo, a quem Paulo imitava, e busque isso hoje em oração e ação.

Semana 47 – Sexta-feira

[1 Coríntios 10.23-33][1 Coríntios 11.1]

Ser livre não quer dizer fazer tudo o que se quer. Nós estamos submissos a uma lei maior, a lei do amor, e temos o privilégio de não viver centrados em nós mesmos, mas sermos bênção para os outros que nos rodeiam (Gl 6.2; 5.18; Tg 2.8). O que fazer se alguém que não conhece a Cristo convidar você para comer uma comida de fonte duvidosa? Como cristãos, não estamos “debaixo da lei”, nem nos restringimos a cerimoniais, dietas, circuncisão, dias santos, ídolos, etc. Ao mesmo tempo, estamos debaixo da lei de Cristo, a lei do amor ao próximo. Diante da comida oferecida por nosso hospedeiro, só devemos nos privar de algo pela consciência daquele que nos avisou ter sido o alimento oferecido a ídolos. A questão não é a sua consciência, mas a do outro, que pode vir a se escandalizar com a sua atitude. Vivamos para os outros. “A primeira missão da igreja não é proclamar o evangelho, não é se expandir, nem mesmo conquistar a mídia ou impactar a sociedade. A primeira missão da igreja é morrer: perder os valores da carne e ser revestida com os valores de Deus. É se ‘desglorificar’ para glorificar ao seu Senhor” (Ronaldo Lidório).

Como você usufrui da liberdade em Cristo? Todas as suas ações são feitas a fim de glorificar a Deus, ou você pensa mais no seu bem estar? Você está disposto a assumir esse desafio a partir das pequenas coisas do seu dia a dia? Peça isso hoje ao Senhor.

Semana 21 – Terça-Feira

Capaci… o quê?

Texto (tradução – NVI):

2 Timóteo 1.13-14
13 Retenha, com fé e amor em Cristo Jesus, o modelo da sã doutrina que você ouviu de mim. 14 Quanto ao bom depósito, guarde-o por meio do Espírito Santo que habita em nós.

Comentário: O que é mais importante: transmitir a mensagem fielmente ou conseguir mais ouvintes para ela? Confrontar as pessoas com a verdade ou fazer com que se sintam bem com generalidades? Timóteo estava sendo preparado para ser um sucessor de Paulo. Para isso, precisaria ser extremamente firme quanto à doutrina. Afinal, a perseguição da época era ferrenha, e a tentação de “diluir” o evangelho para fazê-lo soar menos ameaçador devia ser forte. Se naqueles tempos a tentação era “diluir para sobreviver”, hoje as tentações são bem diferentes: “diluir para aparecer”, “diluir para atrair”, “diluir para lucrar”… Se nem ameaça de morte é desculpa para “diluir” a doutrina, ai de nós se tentarmos nos justificar dizendo, “É que assim mais pessoas ouvem o evangelho”! Isso acontece quando focamos nos resultados que nós queremos, e não na glória que Deus merece e exige. O fato é que até a nossa fidelidade à boa doutrina depende da ação do Espírito Santo! Dependemos dEle para sermos firmes como Paulo e Timóteo. “É o Espírito quem deve nos ensinar (Jo 16.13) e nos capacitar, a fim de guardarmos a verdade e de compartilhá-la com outros” (Warren W. Wiersbe).

O seu papel como cristão não é ter mais ouvintes nem buscar mais resultados, mas pregar o evangelho puro, conforme as Escrituras. Reavalie a forma como você fala de Jesus aos seus alvos evangelísticos e prepare-se para pregar o evangelho puro na dependência do Espírito Santo. O próprio Espírito Se encarregará dos “resultados” (Jo 13.8).

O texto acima foi extraído do Diário de Hora Silenciosa Jovem. Para adquirí-lo, clique aqui.