DIÁRIO DE HORA SILENCIOSA

Semana 47 – Quarta-feira

[1 Tessalonicenses 2.1-12]

Paulo e Silas haviam sofrido muito em Filipos, mas não se intimidaram, encheram-se de coragem e continuaram anunciando o evangelho, partindo para Tessalônica. Se tivessem parado, tirado um tempo para descansar ou se tivessem voltado para casa, não teriam visto o nascimento de uma igreja vibrante entre os tessalonicenses. Apesar de desencorajados em Filipos, prosseguiram e trabalharam arduamente entre os tessalonicenses, pregando o evangelho sem esperar receber nada em troca (vv. 5, 6), dando “a própria vida” por eles (v. 8) ao cuidar deles como uma mãe (v. 7) e exortá-los como um pai (v. 11). Paulo e Silas servem de exemplo de como devemos nos esforçar para que amigos, vizinhos, colegas e familiares conheçam o verdadeiro evangelho, sem desanimar frente aos insultos, provações e ridicularizações que venhamos a enfrentar.

Se você já nasceu de novo, se já foi transformado por Jesus, você deve pensar em gerar “filhos espirituais”. Às vezes as dificuldades são grandes, mas nessa tarefa nunca devemos desanimar. Você já possui filhos espirituais? Se já, faça contato com eles nesta semana, demonstrando um carinho de mãe e dando conselhos de um pai. Se ainda não possui, ore a Deus e peça que Ele lhe dê a bênção de levar alguém a Cristo. Invista na vida dessa pessoa, incentivado pelo exemplo de Paulo e Silas. 

Semana 47 – Terça-feira

[1 Tessalonicenses 1.8-10]

Os crentes de Tessalônica eram modelo para todos os outros. No que os tessalonicenses eram dignos de ser imitados? Primeiro, na propagação do evangelho (v. 8). Essa palavra é usada fora da Bíblia para descrever o ato de fazer soar o trompete. Era como se eles estivessem “trombeteando” o evangelho por onde passavam, por toda a parte. Segundo, eles deveriam ser imitados, pois viveram uma transformação total da idolatria, sujeitando-se a um novo Senhor. Mas pode um crente cair no pecado da idolatria? Sim, do contrário João não teria advertido seus leitores crentes a se guardarem dos ídolos (1Jo 5.21). Quais seriam alguns desses ídolos? Eu mesmo (egoísmo), minha imagem (o que pensam de mim), compromissos (não tenho tempo para Deus), amizades, etc. Terceiro, os tessalonicenses deveriam ser imitados pois alimentavam uma saudável expectativa da volta de Cristo. O crente espera ansiosamente pela volta de Cristo, agradecendo por ter sido liberto da ira vindoura e anunciando esse libertador para aqueles que ainda estão perdidos em seus pecados.

Você pode dizer que “trombeteia” o evangelho por onde passa? Você tem alimentado ídolos que o distanciam do alvo? E com relação à volta de Cristo, você pensa nisso com frequência, esperando com expectativa e alegria? Ore pedindo a Deus que o ajude a ser um crente como os tessalonicenses.

Semana 47 – Segunda-feira

[1 Tessalonicenses 1.6, 7]

“Não olhe para mim, olhe para Cristo.” Será que essa frase, aparentemente muito espiritual, deve ser repetida por nós? Afinal de contas, somos pecadores, e não devemos ser parâmetro para ninguém, pois o único padrão de santidade é Jesus, certo? Errado! Os irmãos de Tessalônica, mesmo que ainda jovens na fé, demonstravam uma maturidade tal que os fez servir de modelo para muitos outros crentes. O segredo de sua vida de santidade era imitar os apóstolos e Jesus Cristo (v. 6), além de imitar as igrejas da Judeia por estarem sujeitas à mesma perseguição e sofrimento (2.14). Ao fazer isso, podiam muito bem dizer: “Olhem para nós e façam igual, pois nós imitamos os bons exemplos que temos”. Não devemos idolatrar líderes, pois mais cedo ou mais tarde podemos nos decepcionar, mas somos encorajados a imitar aqueles que imitam a Cristo. E não apenas isso, somos também incentivados pela Palavra a sermos nós mesmos exemplos para outros, e assim poder dizer: “Olhe para mim, porque eu olho para Cristo”.

Você tem imitado a Jesus e aos crentes mais maduros? Você pode dizer “faça como eu” para um amigo ou amiga que lhe pede um conselho? Você está em condições de dizer “tenha um namoro como o meu”, “use o dinheiro como eu uso”, “acesse a Internet como eu faço”, etc.? Faça agora um compromisso com Deus de ser exemplo em todas essas áreas e em muitas outras. 

Semana 46 – Domingo

[Ezequiel 34.1-11]

Os capítulos 1 a 32 de Ezequiel falam do juízo de Deus contra Jerusalém e contra as nações ao redor, o que traria glória a Deus e exaltaria o Seu santo nome. A partir de hoje, veremos a seção final do livro, em que o profeta traz o consolo de Deus ao Seu povo. Um dia Israel será restaurado para um futuro brilhante. Essa restauração implicará uma nova liderança. De acordo com os versos 1 a 8, por que isso seria necessário? A forma como os reis, sacerdotes e falsos profetas de Israel exploravam a população contrasta com a forma como o próprio Senhor guia o Seu povo (Sl 23; 80.1; Is 40.11; Jr 31.10). Qual será a atitude de Deus diante desses líderes (vv. 9, 10)? Que promessa traz esperança ao povo (v. 11)?

Será que as características encontradas nos líderes de Israel daquela época são encontradas em líderes do povo de Deus hoje? Cremos que, infelizmente, sim. Talvez você ou alguém que você conhece esteja enfrentando dificuldades com líderes religiosos que são infiéis a Deus. Busque sabedoria da parte de Deus para lidar com isso, mantendo-se confiante nEle. Lembre que a perfeita liderança só virá quando o próprio Cristo, nosso bom pastor, definitivamente estiver à frente.

Semana 46 – Sábado

[Ezequiel 48.30-35]

Tendo lido o trecho de hoje, compare-o com Apocalipse 21.3, 12-14. Jerusalém será restaurada e coroada pela presença do próprio Deus! A glória de Deus, que havia partido (Ez 8-11), retornou (Ez 44.1, 2). O templo, morada do Senhor, fica exatamente no centro da porção de terra descrita. Sobre o verso 35, John MacArthur escreveu: “Com essa nota final, todas as promessas incondicionais feitas a Israel na aliança abraâmica (Gn 12), na aliança sacerdotal (Nm 25), na aliança davídica (2Sm 7) e na nova aliança (Jr 31) foram cumpridas”. A fantástica conclusão é que o verso final de Ezequiel nos dá o último capítulo, com um final feliz, da história de Israel – Deus voltou a morar com o Seu povo! E todos viverão felizes para sempre!

O plano de Deus é perfeito e completo. Mesmo vivendo um momento terrível de sofrimento e dor, o povo de Deus podia olhar para as promessas de Deus e encontrar consolo e forças para continuar confiante no Senhor. É assim também conosco. Não importa quão difícil seja o momento de nossa vida, devemos olhar para Deus e Suas promessas e achar consolo e forças para continuar caminhando com fé.

Semana 46 – Sexta-feira

[Ezequiel 47.1-12]

Refrescante e restauradora! Talvez você já tenha sentido essa sensação ao mergulhar num rio num dia quente… Porém, o poder restaurador do rio citado no trecho de hoje é muito maior! Infelizmente, alguns têm forçado a abordagem dessa passagem e encontrado significados que fogem aos limites da boa interpretação. Essa seção reforça a ênfase do profeta de que no reino futuro muitas mudanças físicas e geográficas acontecerão na Terra Prometida, inclusive nas águas. A fonte de transformação é um rio que flui do templo de Deus, cujas águas curam e nutrem a vida (v. 1). No contexto, esse rio, que existirá de verdade, simboliza a restauração da bênção divina experimentada pela terra. Outros profetas usaram a ilustração da água viva referindo-se ao conhecimento de Deus e de Sua graça, que provê purificação e transformação, pelo poder do Espírito Santo (Is 44.3; Jr 2.13; Zc 14.8).

O apóstolo Paulo atestou que a natureza aguarda ansiosamente por uma restauração (Rm 8.20-22). Isso acontecerá quando os filhos de Deus também forem restaurados em glória. Hoje, ao perceber o “clamor” por renovo da natureza nos noticiários, lembre que, no final, o Senhor restaurará tanto você quanto ela.

Semana 46 – Quinta-feira

[Ezequiel 43.1-12]

A glória de Deus havia estado presente no tabernáculo (Êx 40.34, 35) e no templo (1Rs 8.10, 11). Porém, ela havia se separado de Israel antes de seu cativeiro (Ez 11.23). Sem a glória de Deus, o povo foi destruído e espalhado. Hoje, vemos a promessa de que a glória de Deus retornará quando a nação israelita for reunida e sua adoração for restaurada. A glória de Deus será manifestada plenamente no futuro, depois da segunda vinda de Jesus. No verso 6, esse “alguém” é o próprio Deus, que não é mencionado pelo nome por reverência e para manter o ar de santo temor e mistério. O futuro templo será muito mais santo e será protegido da prostituição (2Rs 23.7) e dos túmulos de reis que Israel havia permitido que ficassem na área sagrada do templo, contaminando-o. Os versos 10 a 12 são versos chave e revelam o desejo de Deus de gerar arrependimento e santidade.

A mensagem de Ezequiel aos exilados ainda fala para pessoas feridas e abatidas que necessitam de uma segunda chance de Deus. Tanto o contemplar (e experimentar) do temível juízo divino por causa do pecado quanto o vislumbrar de Sua misericórdia e graça abundantes devem nos fazer refletir e avaliar nosso comportamento diante de Deus. Faça isso hoje.