Semana 33 – Quarta-feira
[Gênesis 3.17-19][Eclesiastes 2.22-24]
Ainda está para nascer a pessoa que nunca desejou faltar ao trabalho para ficar em casa com a família, sair com os amigos ou simplesmente descansar. É fato: o trabalho é muitas vezes um fardo. Estudar, educar, elaborar, escutar, ensinar e ensaiar são ações que um trabalho pode demandar. E isso cansa! Seria então o trabalho fruto do pecado? Não. Quando Deus declarou que tudo era bom, o trabalho já existia. Cabia ao macho cuidar do jardim e cultivá-lo (Gn 2.15). Por outro lado, após Adão e Eva pecarem, o trabalho assumiu uma nova e triste faceta. Antes, tudo de que o ser humano precisava para se alimentar estava à sua disposição – bastava erguer a mão para apanhar o limão ou balançar o pé de jamelão. Depois, a provisão do alimento passou a depender de um árduo processo, no qual o suor do macho metaforicamente é seu principal meio de irrigação.
Mesmo que não reconheçamos que o trabalho é uma dádiva, ele é tanto um instrumento para glorificarmos a Deus quanto um meio para suprirmos nossas necessidades. Sem essa noção, corremos o risco de enxergar o trabalho exclusivamente no plano horizontal, como se Deus estivesse alheio à criação. Vendo dessa forma, o trabalho é “pura dor e tristeza” (Ec 2.23). Com Deus, porém, percebemos que o trabalho é fruto de Seu amor e gentileza. Como isso pode mudar sua maneira de encarar seu trabalho, do momento em que soa o despertador até o final do expediente na sexta ou sábado?